domingo, 5 de dezembro de 2010

História das Lutas da Juventude

Durante os anos 50, houve muita disputa pelo poder nas entidades estudantis, que viviam em embates diretamente ligado aos principais episódios políticos do país como a crise política do governo Vargas que levaria ao suicídio deste presidente e 1954. Após o governo de Juscelino Kubitschek, foram eleitos Jânio Quadros e João Goulart. Neste período as duas entidades e outras grandes instituições brasileiras formaram a Frente de Mobilização Popular. A União Nacional dos Estudantes (UNE) defendia mudanças sociais profundas, dentre elas, a reforma universitária no contexto das reformas de base propostas no governo Jango.

A partir do golpe de 1964, tem início o regime militar e a história da UNE se confunde ainda de forma mais dramática com a do Brasil. A ditadura perseguiu, prendeu, torturou e executou centenas de brasileiros, muitos deles estudantes. A sede da UNE na praia do Flamengo foi  invadida, saqueada e queimada no dia 1º de Abril. O regime militar retirou a representatividade da UNE por meio da Lei Suplicy de Lacerda e a entidade passou a atuar na ilegalidade. As universidades eram vigiadas, intelectuais e artistas reprimidos, o Brasil escurecia.

Apesar da repressão a UNE continuou a existir nas sombras da ditadura, em firme oposição ao regime, como a celebra passeata dos Cem Mil na no Rio de Janeiro em 1968.. A entidade foi profundamente abalada depois da instituição do AI-5 e das prisões do congresso de Ibiúna. Mesmo assim o movimento estudantil continuou nas ruas, como nos atos e missa de 7º dia do estudante da USP, Alexandre Vannucchi Leme, e organizando protestos por todo o Brasil reivindicando mais recursos para a universidade, defesa do ensino público e gratuito, pedindo a libertação de estudantes presos no Brasil. Em 1979, a partir da precária reorganização da UEE-SP, iniciou-se a reconstrução da UNE no célebre congresso de Salvador. Em 1984, a UNE participou ativamente da Campanha das ” Diretas Já “ e apoiou a candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República.

Na era FHC, o forte posicionamento dos secundaristas foi marca registrada durante este governo, quando os estudantes defenderam a manutenção do ensino público de qualidade, o passe livre nos transportes e fim da política neoliberal na educação.

Desde o início do governo Lula, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) apoiou as reformas importantes para o país, defendendo, entretanto, mudanças na política econômica e mais recursos para a educação e a cultura.
Após quase 60 anos de história, a UBES está enraizada na sociedade brasileira e presente nas principais discussões em curso no país. As lutas dos secundaristas de hoje são pelo Passe Estudantil (Meio Passe ou Passe Livre) no transporte público municipal e intermunicipal para os estudantes, o combate a evasão escolar e pela obrigatoriedade do ensino da Sociologia e Filosofia no Ensino Médio. A UBES também defende a reserva de vagas para estudantes da rede pública nas universidades e a aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, o Fundeb. A instituição participa do Conselho Nacional da Juventude e da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), ao lado da UNE, MST, CUT, movimentos de moradias, pastorais e diversos sindicatos.

Sempre a favor da juventude e da cultura, os secundaristas continuam rebeldes, como causa e personalidade para transformar o Brasil.
A luta pela não privatização da COPEL mostrou a organização e o poder da Juventude paranaense, todas as juventudes de esquerda estiveram presentes não apenas no ato de ocupação da Assembléia Legislativa, mas também nos debates e movimentos em todo o Paraná.

A história da juventude brasileira é marcada por intensa participação política. Eles não foram apenas participantes, mas sim protagonistas de belos momentos de lutas de nosso povo. Desde aqueles jovens que lutaram contra a escravidão como Zumbi dos Palmares e Castro Alves, passando pelos que tombaram na luta contra a ditadura militar, até os dias de hoje a juventude sempre cumpriu seu papel. Nosso desafio hoje é dar continuidade a essa luta.

         Fonte da Pesquisa: PT                                   Postado por: Wilson Tomaz de Lima


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