sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Indústria de veículos tem agosto recorde de vendas


As vendas de veículos novos no Brasil em agosto atingiram recorde para o mês, com desempenhos fortes nas categorias de caminhões e motocicletas na comparação anual, mas mostrando leve recuo em automóveis e aumento de estoques.
Embora num ritmo menor do que do início do ano, o movimento ocorreu em meio ao crescimento da economia tem levado mais consumidores à compra do primeiro veículo. Nos primeiros meses de 2011, o mercado chegou a ver altas de dois dígitos nas vendas.
Para a associação das concessionárias Fenabrave, O desempenho apresentado pelas vendas até aqui no segundo semestre está mais condizente com o ritmo de expansão da economia e dentro das expectativas da entidade de alta de 6,5 por cento em 2011, para 3,74 milhões automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões.
'Isso, além dos dados de caminhões, mostra que a economia está indo bem', em agosto, as vendas de motocicletas subiram 13,2 por cento sobre julho e 14,4 por cento sobre um ano antes, para 181,4 mil unidades. Enquanto isso, as vendas de 16.442 caminhões foram 5,85 e 24,3 por cento maiores nas mesmas comparações. Já as vendas de carros cresceram 6,3 por cento sobre julho e recuaram 0,44 por cento frente agosto de 2010, para 236,9 mil unidades.
Reze afirmou que o desempenho do setor de automóveis está se mantendo relativamente estável, considerando média diária de vendas, mas que o crescimento nos estoques do setor indica descompasso na produção das montadoras.
O estoque na rede de concessionários chegou a agosto em volume suficiente para mais de 40 dias de vendas, quando o ideal seria 21 dias. 'A grande preocupação é saber qual a ação das montadoras, porque os concessionários têm limite de estoque em seus pátios', disse Reze. 'Não está havendo equilíbrio entre oferta e procura. '
FROTISTAS
Como sinal do descompasso, o presidente da Fenabrave citou dados que mostram aumento na participação das vendas diretas para empresas frotistas, como locadoras de veículos, que ocorrem com descontos de preço superiores a 25 por cento.
De janeiro a agosto, a fatia dessas vendas no total licenciado pelas quatro maiores montadoras do país --Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford-- foi de 32,74 por cento, ante 26,35 por cento um ano antes.
'Está caindo à venda de veículos 1.0 e a montadora está direcionando essa produção aos frotistas, que compram com desconto acima de 25 por cento', disse Reze.
O movimento já citado este ano por algumas montadoras como a GM, cujo presidente da América do Sul, Jaime Ardila, comentou em julho que as vendas para frotistas não é sustentável no longo prazo porque acontecem em ciclos.
Por Alberto Alerigi Jr.

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