terça-feira, 14 de junho de 2011

Honda prevê queda de 65% no lucro anual, afetado por terremoto


TÓQUIO (Reuters) - A Honda Motor informou nesta terça-feira que prevê uma queda maior que a esperada, de 65 por cento, no lucro operacional deste ano, enquanto luta para se recuperar do terremoto que atingiu o Japão em março.
Assim como outras montadoras japonesas, a Honda tardou a divulgar previsões financeiras devido a incertezas sobre quando o fornecimento de peças seria restabelecido após o desastre que devastou o país.
No final de abril, a companhia registrou queda de 52 por cento no lucro operacional de janeiro a março, depois que a produção foi paralisada na segunda metade de março.
'Os números são bastante ruins', disse Koichi Ogawa, gerente de portfólio na Daiwa SB Investments, em Tóquio. 'Eles são muito conservadores e (os números) vieram bem abaixo do que os analistas esperavam'.
A dificuldade em obter centenas de peças levou a Honda a adiar em três meses o lançamento do novo modelo Fit Shuttle. O veículo, que terá uma opção híbrida, está sendo apresentado esta semana para concorrer com o Prius Alpha, da Toyota.
Mais preocupante ainda é a perda com potenciais vendas do Civic no mercado norte-americano, após lançamento limitado em abril. A montadora afirmou que não retomaria a produção total do modelo mais vendido até depois de meados de setembro.
A terceira maior montadora do Japão informou nesta terça-feira que prevê lucro operacional de 200 bilhões de ienes (2,49 bilhões de dólares) no ano fiscal até 31 de março de 2012, menos da metade da estimativa do mercado de 407,2 bilhões de ienes, segundo pesquisa da Reuters com 20 analistas.
A empresa espera que o lucro líquido, que inclui ganhos na China, recue em 63 por cento, para 195 bilhões de ienes.
O aumento dos preços de matérias-primas e um custo estimado em 40 bilhões de ienes para reparar danos às fábricas devem pressionar os ganhos deste ano, segundo a Honda.
A companhia acrescentou esperar que a produção no Japão esteja 'quase normalizada' no final deste mês, enquanto em outros mercados isso deve ocorrer entre agosto e setembro.
A montadora projeta vendas de 3,3 milhões de veículos no atual ano fiscal, seis por cento menos que no ano anterior, com uma queda de 10,8 por cento na América do Norte.
(Por Chang-Ran Kim)

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