quinta-feira, 14 de junho de 2012

Barco movido a energia solar vai operar em 2013

O Brasil terá o primeiro barco movido a energia solar para o transporte de vários passageiros. Desenvolvido pela equipe solar Instituto Náutico Paraty (INP), já está sendo construído e poderá levar até sete passageiros - fora um tripulante. O barco começa a navegar no verão de 2013, de acordo com Allan Reid, diretor da instituição.
O INP utiliza, desde 2008, embarcações de motores a energia solar. No entanto, são para competição, e acomodam só o piloto. O novo projeto, denominado Táxi Solar Paraty, visa transportar turistas pelas águas da cidade homônima, situada no sul do Rio de Janeiro.
"Além de não emitir poluentes, queremos desenvolver um turismo menos agressivo. Será um barco bem silencioso, sem a barulheira dos motores movidos a óleo. E que terá um rendimento idêntico para o passageiro", afirma Reid.
A embarcação será equipada com quatro baterias que armazenam energia, de modo que o barco navegue sem luz solar por até seis horas. A captação da energia solar será feita por painéis fotovoltaicos, que já são utilizados nos barcos já existentes.
Os que estão em operação são de menor porte e contam com duas baterias, e garantem, em média, duas horas de autonomia. Os barcos são usados no Desafio Solar Brasil - que acontece em Florianópolis e Paraty - e têm seis painéis deste tipo. A competição esportiva conta apenas com embarcações movidas pela energia solar.
"Com velocidade alta, a navegabilidade é de uma hora e trinta minutos. Se mantiver uma velocidade de cruzeiro (constante e controlada), vai de duas horas e trinta minutos a três horas", afirma Reid.
A opção pela energia solar é mais econômica e eficiente. Um motor movido a óleo desperdiça de 60% a 70% da energia gerada na produção de calor, enquanto a fonte solar transforma 90% de tudo que é produzido em energia para mover o motor.
O custo para se construir um barco solar ainda é bem mais elevado do que um modelo comum, mas está cada vez menos caro. Há três anos, uma placa de 140 W custava, em média, R$ 1,5 mil. Atualmente, o preço gira em torno de R$ 800. Uma placa deste tipo dura cerca de 25 anos.
"À medida que o uso da energia solar vai sendo massificada, a tendência é que o preço caia. E isso está acontecendo. Esse barco é pioneiro, para vermos como e qual a melhor forma de a coisa funcionar", observa Reid.
A intenção é desenvolver, posteriormente, unidades semelhantes e até maiores para o transporte coletivo de passageiros. Dentro de cada embarcação, serão instaladas garrafas PET, que vão atuar na flutuabilidade do barco.
A embarcação para transporte coletivo, movido a energia solar, terá 7 m de comprimento, oito painéis solares e velocidade de cruzeiro de 5,9 nós.
   Fonte: Portal Terra

Nenhum comentário:

Postar um comentário