sábado, 9 de junho de 2012

Nova técnica contra câncer de próstata reduz efeitos colaterais

Tratamento é válido para fase inicial da doença e evitaria problemas como incontinência urinária e impotência sexual

A revista científica The Lancet Oncology publicou, na sua última edição, uma técnica menos agressiva para o câncer de próstata. O tratamento foi realizado em 41 pacientes e poderia diminuir os riscos de impotência sexual e incontinência urinária. De acordo com Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido, que financiou os estudos, os resultados iniciais foram satisfatórios. O próximo passo é estender a pesquisa a um número maior de voluntários.
No novo procedimento, médicos da Universidade College Hospital, em Londres, realizaram o primeiro teste com ultrasom de alta intensidade (HIFU), destinado a pequenas manchas de células cancerígenas na próstata. Os médicos colocaram uma sonda dentro da próstata que emite ondas sonoras que aquecem células-alvo a 80 graus. A idéia é que a técnica substitua a quimioterapia e radioterapia em casos menos graves. Os procedimentos atuais afetam todo o tecido circundante à próstata e causam efeitos como incontinência urinária e a impotência sexual.
O urologista que coordenou a pesquisa, Hashim Ahmed, ficou confiante com o resultado dos primeiros 12 meses de tratamento. Ele diz que as primeiras evidências sobre o controle do câncer são bons, mas tudo precisa ser avaliado por estudos mais abrangentes.
— Isto pode transformar a maneira de tratamento do câncer de próstata, e seria uma opção de baixo custo e ofereceria aos homens com a doença na fase inicial uma oportunidade de tratar a doença com menos efeitos negativos - diz o médico.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é que cerca de 60 mil novos casos apareçam em 2012 no Brasil. Mesmo com dados consideráveis, existe uma grande resistência dos homens pelos exames preventivos e efeitos colaterais do tratamento.




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