quarta-feira, 11 de abril de 2012

Dilma cobra que EUA honrem contratos

 Com o argumento de que os Estados Unidos sempre cobraram do Brasil 'respeito a contratos', a presidente Dilma Rousseff disse a Barack Obama, que a situação se inverteu. 'Como podemos fazer acordo na área de Defesa se o Congresso americano não respeita contratos?', perguntou a Obama,
Dilma se referia ao que aconteceu em fevereiro, quando a Defesa dos EUA anulou a concorrência para compra de 20 aviões Super Tucano da Embraer. No auge da briga jurídica com a empresa Hawker Beechcraft, congressistas do Kansas ameaçaram até entrar com pedido de investigação internacional para apurar subsídio do Brasil à Embraer.
A justificativa para o cancelamento da licitação foi de erros na documentação, mas o Brasil viu no episódio mais um exemplo de pressão política. Em 2006, o Senado dos EUA já havia proibido a venda de aviões Super Tucano à Venezuela por causa dos componentes americanos na aeronave.
A Boeing quer fornecer caças F-18 para a renovação da frota da Força Aérea Brasileira, mas deve ser preterida. A empresa se instalou em São Paulo, como sinal de interesse em parcerias com empresas brasileiras. Não há, porém, aprovação do Senado dos EUA à venda nem certeza de cumprimento da promessa de transferência de tecnologia ao Brasil. O País está inclinado a comprar caças Rafale, da francesa Dassault.
Obama afirmou a Dilma que essa questão será resolvida. Assim mesmo, em conversa reservada com executivos americanos (CEOs), Dilma comentou novamente. Quis saber como os EUA puderam romper o que seria o primeiro contrato com a Embraer, num valor tão irrisório.
A presidente afirmou que o País é a sexta economia do mundo, o sétimo maior superávit comercial dos Estados Unidos e o terceiro maior comprador de títulos americanos, depois da China e do Reino Unido. 'Cumprimos nossos contratos e queremos que os outros países cumpram os seus conosco. '
Apesar disso, o ministro Fernando Pimentel (Indústria e Comércio Exterior) não esticou a polêmica. 'É uma questão pontual, que será resolvida. Comércio é assim: passo a passo', amenizou. 'Não há problemas maiores e não existe restrição (à Embraer). A empresa tem uma instalação que funciona na Flórida e está estudando outros negócios aqui na região.

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