segunda-feira, 23 de abril de 2012

O MERCADO ENERGÉTICO

          Devido à crescente substituição de fontes fósseis de energia, o consumo de etanol crescerá até 2020, alcançando 1,77 bilhões de litros ao ano, um volume 148% superior ao consumido em 2010. Ä medida que países com demanda incipiente por etanol passam a obter uma fração de sua energia a partir dessa fonte, o resto do mundo (países fora Estados Unidos e Brasil) passa a consumir 50% do etanol produzido. Essa nova demanda irá gerar uma necessidade de expansão na capacidade de produção ao redor do mundo.
          A questão que fica, a partir desse cenário, é sobre os desafios a ser enfrentados no Brasil e no mundo para suprir tal demanda.
          Entram em cena então os investimentos e planejamento para melhorias e desenvolvimento da produção nacional. Fatores como ampliação: - de oferta física da matéria prima (cana de açúcar):- industrial (usinas de esmagamento)
          O quadro energético brasileiro é bom em relação a outros países. Dados governamentais indicam que quase 45% das necessidades energéticas do país em 2010 foram supridas por fontes renováveis. No mundo, o percentual é de apenas 13%. Além disso, temos uma das melhores condições naturais mundiais em terras agricultáveis. No entanto é preciso, aproveitar esse potencial para posicionar o etanol no mercado energético.
          Há um longo caminho a percorrer, e vai depender de investimentos significativos no setor sucroenergético, principalmente novas usinas e em tecnologias que aumentem a produtividade dos canaviais. Apenas a existência de ações em diferentes frentes poderá assegurar ä cana uma posição sustentável em 2020.
          Investimentos em novas unidades produtoras, inovação tecnológica, redução de custos, logística de produção e transporte, além de uma crescente profissionalização do setor, são exemplos de iniciativas q1ue devem acontecer de forma simultânea.
          Paralelamente as medidas políticas, temos perseguir reduções de custos, por meio de ganhos de eficiência e produtividade e do desenvolvimento e disseminação de novas tecnologias, que darão ao setor ganhos de escala.
          Só assim haverá mais oferta de cana e  de seus produtos derivados.
      Autor: Renato Gennaro, consultor especialista em usinas sucralcooleiras

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