sexta-feira, 13 de abril de 2012

ESTAMOS MAIS GORDOS, O QUE DEVE SER FEITO?

        O brasileiro está a cada dia mais obeso, é o que revela uma nova pesquisa do Ministério da Saúde. Isso já foi descrito tantas vezes que não desperta mais atenção. Se a notícia fosse mais um milagroso suplemento emagrecedor, certamente estaria sendo discutido e viabilizado pelos mesmos brasileiros que reagem sem nenhum interesse aos novos dados.
         Metade dos brasileiros está acima do peso e 15% estão obesos. Esses dados revelam a falta de políticas públicas de enfretamento e prevenção da obesidade. Isso que compromete a produtividade aumenta os gastos públicos com as comodidades e interfere na qualidade de vida dos brasileiros.
        Uma situação oposta e reveladora da importância de campanhas públicas  sérias e abrangentes é o fato de que o tabagismo está em queda progressiva. Contra o fumo, o governo agiu duramente e de maneira organizada. Aumentou impostos, revelou tragédias estampadas nas carteiras de cigarro, proibiu o fumo em praticamente todos os locais públicos e empresas O resultado e comemorado com os números decrescentes de fumantes em todo o país.
         Diante de um problema de tamanha proporção, a indústria de alimentos e os governos devem desenvolver ações em conjunto,  no sentido de produzir alimentos mais saudáveis e de menor custo. As agências reguladoras de alimentos devem se empenhar  em exigir rotulações exatas e de linguagem acessível ao público leigo. E finalmente, os governos devem sobretaxar alimentos mais calóricos e subsidiar alimentos mais saudáveis, tornando vantajosa a compra desses, não somente do ponto de vista nutricional, mas também econômico. Todo e qualquer aumento excessivo no teor de açúcar gordura e sal dos alimentos deveria ser tributado e não o contrário, como ocorre na indústria de alimentos.
        Precisamos nos mobilizar e cobrar de nossos governantes uma atitude mais responsável diante desses dados. Afinal de contas, dizem respeito a todos nós e ao futuro de cada brasileiro. Precisamos utilizar o modelo da luta contra o tabaco e comemorar no futuro resultados mais promissores no combate a obesidade e todas as doenças que ela favorece. 

  

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