Um dos desafios estratégicos do Brasil nos próximos anos na complexa escalada para se consolidar como uma das principais potências econômicas e sociais do mundo é promover a formação de profissionais altamente qualificados e inovadores, sobretudo nas áreas de ciências da saúde, engenharias e tecnologias.
Foram notórios os avanços na área de ensino superior no Brasil durante o governo Lula, entre 2003 e 2010. - 1) o número de vagas de graduação nas universidades federais saltou de 113 mil para 227 mil e 2) o Prouni (Programa Universidade Para Todos), que concede bolsas de estudos para universidades privadas a jovens de famílias de baixo poder aquisitivo alcançou em 2010 mais de 705 mil beneficiados, sendo 40% de bolsas integrais.
No governo da Dilma, a massificação destas oportunidades está sendo incrementada e vai além das possibilidades de graduação. Lançado em julho, o programa Ciência Sem Fronteiras vai conceder 75 mil bolsas de estudo no exterior a jovens brasileiros e inserir o Brasil num novo patamar na área da ciência, tecnologia e inovação.
O programa vai possibilitar aos melhores estudantes e pesquisadores do País, das áreas de engenharia, ciências exatas, biologia e saúde, computação e tecnologias da informação, energias renováveis, biotecnologia, nanotecnologia, indústria criativa e novas tecnologias de engenharia construtiva – tenham a oportunidade de fazer cursos de graduação, mestrado ou doutorado nas melhores universidades do mundo.
Além das bolsas de estudos, eles vão receber passagens áreas e seguro médico.
“Não estamos dizendo que vamos formar 75 mil cientistas individuais, ou 75 mil Einsteins. Estamos dizendo que vamos formar a base de pensamento educacional do Brasil”, explicou a presidenta Dilma, destacando que a seleção para quem tem mérito.
Entre os benefícios, o programa vai aumentar a presença de estudantes e pesquisadores brasileiros em instituições de excelência no mundo, promovendo a internacionalização das universidades brasileiras, aumentando o conhecimento das nossas indústrias e atraindo talentos e pesquisadores altamente qualificados para trabalhar por aqui.
O programa reforça o comprometimento do governo Dilma, em consonância com os ideais programáticos do Partido dos Trabalhadores, de acumular esforços públicos e promovendo o desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio da educação básica e superior.
É extraordinária a iniciativa de democratizar aos estudantes e pesquisadores brasileiros, independente da classe social e possibilidades financeiras, o acesso às melhores universidades do mundo. Pois, não se planeja o futuro sem haver profissionais qualificados e capazes de colocar em prática o projeto de um País desenvolvido e justo. Neste contexto, o programa Ciência Sem Fronteiras nasce com a incumbência de ser um instrumento de formação de construtores do nosso futuro.
* Enio Verri é economista, deputado estadual líder da oposição na Assembléia Legislativa e presidente do diretório estadual do PT do Paraná.
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