quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Menos liberdade religiosa no mundo

Relatório alerta para situação grave em vários países
Mais de 60 países em todo o mundo violam “gravemente” a liberdade religiosa, afirma documento publicado pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).  A nova edição do "Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo" – já disponível em português – retrata uma situação crítica acerca da liberdade de culto. Os conflitos militares, o terrorismo e as ditaduras contribuíram, entre outras causas, para as situações mais alarmantes.
Segundo a publicação, os casos mais dramáticos concentram-se na Índia, Paquistão, Arábia Saudita e Eritréia, nações onde a liberdade de culto é negada de maneira mais violenta e os crentes são perseguidos, o que em alguns casos chega a culminar em morte.  Com base em testemunhos de representantes da Igreja local, documentos oficiais, artigos de agências de notícias e outros meios especializados em assuntos religiosos, bem como nas informações fornecidas por organizações de direitos humanos, o relatório analisou a situação de cada país.
O estudo também assinala que a perseguição religiosa está aumentando em todo o mundo. Entre as principais preocupações, está a Índia, país cuja situação piorou nos últimos anos, apesar da Constituição reconhecer a liberdade religiosa. O livro analisa ainda a situação no Iraque, onde desde finais de setembro duas mil famílias cristãs tiveram de abandonar Mossul.
No relatório é apresentada uma lista de países nos quais se registram “graves limitações à liberdade religiosa”. Entre eles encontram-se a China, Cuba, Coréia do Norte, Irã, Nigéria, Myanmar (ex-Birmânia), Laos, Arábia Saudita, Paquistão e Sudão. Em seguida, consta uma lista de países nos quais se verificam “limitações legais à liberdade religiosa”, entre os quais estão Afeganistão, Argélia, Bahrein, Bangladesh, Bielorrússia, Bolívia, Egito, Eritréia, Terra Santa (Israel e os territórios palestinos) e México. A AIS cita ainda casos de países nos quais se registraram episódios de “repressão legal” e conflitos locais. Por exemplo, na China, “o receio de abrir-se à liberdade de culto coincide com o temor de deixar espaços a outras liberdades”.
Com este documento, a organização católica internacional pretende apresentar um compêndio general do grau de liberdade religiosa existente em cada um dos países do mundo, além das formas e motivos da repressão que padecem os diferentes grupos religiosos.
 *Com informações da Agência Ecclesia

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