quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Na Câmara, Rossi nega denúncias e oposição responsabiliza Dilma


O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, voltou a negar nesta quarta-feira denúncias de irregularidades na pasta durante audiência na Câmara dos Deputados, onde membros da oposição responsabilizaram a presidente Dilma Rousseff num momento em que muitas denúncias atingem ministérios do governo.
Em sua fala na Comissão de Agricultura da Casa, Rossi disse ter tomado as medidas necessárias para apurar as denúncias e afirmou que as acusações que sofreu do ex-diretor da Conab Oscar Jucá Neto foram 'destempero de um ressentido'.
'Eu tendo pego ele numa situação irregular, gravíssima, tenho que demiti-lo. Aí ele inventou esse cenário. Falou que eu tinha proposto isso, a propina a ele', disse o ministro a deputados. Afirmo com a maior tranquilidade que esses diálogos não existiram. Sao absolutamente falsos.'
Jucá Neto, irmão do líder do governo no senado, Romero Jucá (PMDB-RR). foi demitido do posto na Conab, órgão do Ministério da Agricultura, após supostamente ter autorizado pagamento indevido a uma empresa.
Esta semana a revista Veja publicou, o ex-funcionário da Companhia Nacional de Abastecimento acusou o ministro de lhe oferecer propina em troca de silêncio sobre episódios de corrupção na pasta.
A oposição tentou, durante a sessão, atingir o governo e atribuir a responsabilidade dos casos de corrupção à Dilma, estratégia que gerou confronto com a base governista.
'Que fique claro que a responsabilidade é dela. Nomeou todos os seus ministros, autorizou a nomeação dos diretores de órgãos federais', disse o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), afirmando que as suspeitas são fruto da 'lógica de fisiologismo e de aparelhamento da máquina pública.'
O líder do PT, Paulo Teixeira (SP), saiu em defesa da presidente e partiu para o ataque contra ACM Neto. 'Não receberemos lição de moral dos Democratas nesses quesitos (aparelhamento e fisiologismo) disse o petista.
'Não podemos criar um Estado em que todas as pessoas que exerceram cargos públicos são culpados até que se prove sua inocência', declarou.
Reportagem de Maria Carolina Marcello.

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