quinta-feira, 31 de maio de 2012

O ADOLECENTE ESTÁ PRONTO PARA O SEXO?

      Uma pesquisa feita nos Estados Unidos mostra que o início da vida sexual dos adolescentes americanos está começando um mais tarde. Em 1988, 51% das meninas de 15 a 19 anos já haviam feito sexo. Esse número caiu para 43% entre 2006 e 2010. Entre garotos da mesma faixa etária, a queda foi ainda mais alta, de 60% para 42%.
      Segundo a pesquisa, os fatores que contribuem para o início mais tardio da vida sexual são: viver com pai e mãe, a mãe do adolescei ter tido seu primeiro filho depois dos 20 anos e a mãe ter concluído o ensino médio.
      A situação é bem diferente por aqui. Os números do Ministério da Saúde do Brasil mostram que quase metade dos garotos e um terço das meninas já praticaram sexo antes dos 15 anos de idade. O início da vida sexual entre os meninos está Mais próximo dos 15 anos; entre as garotas, dos 16 anos.
      Uma revisão de alguns estudos regionais brasileiros sugere que os motivos que mais contribuem para o inicio precoce da vida sexual são: estar fora da escola, fazer parte de famílias pouco estruturadas, serem filho de pais separados e beber, fumar ou usar drogas com freqüência.
     A grande questão da iniciação sexual precoce é a habilidade que o jovem tem de fazer escolhas seguras. É comum esse começo apressado vir acompanhado de menor proteção (uso de preservativo ou de método anticoncepcional hormonal), maiores taxas de gravidez indesejada e de doenças sexualmente transmissíveis. Esses jovens tendem a ter maiores numero de parceiros e a fazer sexo sem vontade.
      Num tempo em que os jovens se desenvolvem fisicamente mais cedo (as garotas começam a menstruar antes), são mais expostos a sexualizacao e vivem numa sociedade mais liberal, é normal que a vida sexual também seja antecipada. Mas esse jovem muitas vezes não tem maturidade emocional para lidar com o que está acontecendo. O desafio é articular com o adolescente a liberdade de escolha sem pressa e com responsabilidade. Tarefa árdua para a escola, a família e para quem produz informação.
Fonte: Jairo Bouer, médico com residência em psiquiatria

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